Durante um período de
quase dois séculos, a ordem foi a maior organização militar religiosa do mundo.
Suas atividades já não estavam restritas nos objetivos iniciais. E em questão
da conquista de territórios, os templários venceram várias batalhas, nas quais
pode-se nomear algumas delas: Os templários esmagaram os muçulmanos no cerco a
Ascalon, em 1153; na batalha de Montgisard, em 1177; e, na batalha de Arsuf, em
1191.
Os soldados templários
recebiam treinamento bélico; combatiam ao lado dos cruzados na Terra Santa; conquistavam
terras; administravam povoados; extraíam minérios; construíam castelos,
catedrais, moinhos, alojamentos e oficinas; fiscalizavam o cumprimento das leis
e intervinham na política europeia. Tinham uma vantagem sobre o conhecimento
sobre o dinheiro, eles tiveram uma grande administração sobre ele, que até
chegaram a emprestar para vários nobres falidos na Europa. Durante todo o
tempo, tinham dado mostras de serem bons administradores; províncias inteiras
foram entregues a responsabilidade e guarda da ordem. Durante cem anos, eles
asseguravam o governo efetivo do reino latino de Constantinopla. Eles se
deslocavam como donos do mundo, sem ter que pagar impostos nem tributos, nem
forma alguma de pedágio. Dependiam apenas do papa e tinham comendadorias em
toda a Europa e no Oriente Médio. O centro de organização, porém, baseava-se em
Paris. Os templários foram levados pela força dos acontecimentos a entrar no
negócio bancário.
Além do aprimoramento
do conhecimento em medicina, astronomia e matemática, houve até mesmo a criação
de um sistema semelhante ao dos bancos monetários atuais.
Ao iniciarem a viagem à
Terra Santa, o peregrino trocava seu dinheiro por uma carta de crédito nominal
que lhe era restituída em qualquer posto templário. Assim, seus bens estavam
seguros da ação de saqueadores.
As seguidas derrotas das cruzadas no século
XIII comprometeram a atividade principal dos templários e a existência de uma
ordem militar com tais objetivos já não era necessária. Devido ao poder
estabelecido, os templários adquiriram uma enorme quantidade de riquezas e
doações de reinos vizinhos da Europa, onde também o papa tinha visto os
templários com um poder bem mais elevado da igreja, pelo fato de terem
conquistado muitas vitórias das Cruzadas.